
Fotografia do Sol que ninguém sabe se é Lua. Ou da Lua que ninguém sabe se é o Sol.
P.S. Conto tecido durante o I Encontro de Contadores de História da Amazônia, na Oficina "Performance Poética: O Corpo Contando História"; ministrada por Adrine Motley e Dia Favacho.
Essa história é verdadeira. Ela tem personagens que saltaram de dentro do evento, quando Dia Favacho e Giselle Ribeiro se viram com a mesma blusa. E não houve desconforto, mas reconhecimento de que trazem na pele o mesmo sonho. Por isso, essa história diz assim:
Em um tempo não muito distante
viviam duas irmãs
muito unidas, muito unidas.
Gostavam quase sempre
das mesmas coisas:
ouvir e contar histórias
e de outras boas diabruras.
Um dia um rei malvado
quis torná-las desunidas
e lançou um feitiço terrível
de nunca mais poderem se encontrar.
Adeus Branca de Neve,
Gato de Botas,
Cadeira de Balanço
e Roda de Ouvintes.
Adeus amigo Grimm e Perrault.
Porque hoje, sem mais alegria,
em tempos distintos,
elas vivem com seus novos nomes
dizendo ao mundo:
- Eu sou a Noite.
- Ela é a Dia.