
O príncipe Garibalde

A princesa Gariléia
Num reino bem longe dali, vivia o belo e bom Gari.
Garibalde era o seu nome de pia e tudo o que nele se via
era bravura, coragem e boa vontade
para manter tudo bem limpo ali.
E no seu belo Reino, por outros chamado Praça Batista Campos
pegava todos os dejetos que por lá deixavam,
transformava em pó e carregava com sua pá
para bem longe daquele lugar.
Garibalde era bem feliz ali, pois que reinava
na companhia da sua Amada Gariléia.
Gariléia e Garibalde, um par de gente feliz até que...
Nem tudo nesta vida é perfeito, e isso todos nós já sabemos.
Os moradores que viviam em volta do Reino de Garibalde e Gariléia
eram quase todos, invejosos de tamanha felicidade.
E assim, se juntavam os de perto com os de longe
para despejar mais e mais dejetos dentro do Reino de Garibalde e Gariléia.
E todos os dias o bom príncipe e sua princesa
tinham que enfrentar os terríveis monstros do esquadrão das bactérias.
Eles se alojavam em todo o Reino de Garibalde e Gariléia,
no Lago de um Olho Só,
na grama ainda verde,
nos bancos feitos para sentar gente boa e gente ruim.
Mas Garibaldi e Gariléia encontraram um aliado para a luta brava continuar.
E cada vez que uma ameaça aparecia
era o um canto que se ouvia “Bem-Te-Vi sujando tudo por aqui!”
Era esse o canto de guerra do aliado de Garibalde e Gariléia
anunciando a presença de mais um inimigo para combater.
E quando chegava a noite,
o Reino todo ouvia Gariléia incansável
cantarolava para o repouso do seu Amado
a bela canção das lutas bravas dos seus dias:
Eu consolo ele / ele me consola / boto ele no colo pra ele me ninar / De repente acordo / Olho pro lado / E o danado já foi trabalhar... / Olha aí! / Olha aí! / Olha aí! / Aí o meu Gari, olha aí / Olha aí! / É o meu Gari.
P.S. Este conto foi tecido após uma vivência feita no Projeto Entreletras em 2011.
Local da vivência: Praça Batista Campos, em Belém do Pará.