quarta-feira, 18 de abril de 2012
O POETA ANDANTE. UM DOADOR DE CORAÇÃO.
É ele. O moço. O doador de coração.
Essa é a história mais bem vista nos ônibus de Belém.
Na minha cidade existe um moço que se aproxima dos outros passageiros com a mesma calmaria das chuvas da tarde e deposita sobre nossas mãos, o seu coração.
O coração desse moço sempre conversa com cada passageiro. E tudo é mais ou menos assim, ele chega com uma pequena dose da sua fala poética e, BUM atravessa em um voo cortante a nossa atenção.
Depois ele desce do ônibus.
E nós seguimos com o coração dele guardado em nossas mãos. Sem pagar nada.
Acho que ele é uma espécie rara. Um tipo poeta andante que publica sua voz calma, serena e pulverizadora, combatendo os nossos vícios daninhos dentro dos ônibus em uma cidade bem distante das outras, no País chamado Brasil.
O coração dele mais parece um fertilizante lançado sobre as áreas de interesse.
Assim é o coração do Antônio Juraci Siqueira, o moço do ônibus, dessa história que hoje lhes conto.
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Ainda bem que tenho muitos corações, Poetamiga. Do contrário teria enfartado ao ler essa bela homenagem. Passei a semana toda em Monte Alegre, visitando, emocionado, as pinturas rupestres dos paredões e grutas deixados por nossos ancestrais e catando elementos e inspirações para escrever um livro infantil sobre o tema, num belo projeto do Museu Emílio Goeldi, coordenado pela amiga e arqueóloga Edithe Pereira. Beijo seu coração com esta trova:
ResponderExcluirPara não morrer de enfarto
nem sofrer de solidão,
as emoções eu reparto:
uma em cada coração.
Bem no meio desta noite, meu caro Poeta Andante, Sr. doador de coração, sua fala me chega com ternura e eu te respiro e transpiro a minha também gratidão. Obrigada Juraci, pela existência persistência de ser um poeta nosso, de coração.
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