A
EXPERIÊNCIA DA PROFESSORA:
Talvez um dia eu saiba definir com
mais precisão e não tamanha emoção, o que representa a literatura para mim.
O que representa fazer literatura e o
que representa trabalhar com literatura. Ela sendo o meu momento de prazer e de
sobrevivência.
É uma pena que uma parte grande da
humanidade não possa fazer o que mais gosta, em tempo quase integral.
Eu digo agora, para vocês, que fui
premiada. As leis do universo tramaram para me manterem feliz na vida pessoal e
profissional.
O QUE EU CONSIDERO BELEZA?
Deus sabe o quanto de alegria mora em
mim quando um aluno ou aluna aprende a respirar sem aparelhos em uma avaliação.
Respirar sem aparelhos aqui representa ter maturidade para tratar um assunto e
com o devido respeito se dirigir a ele como amigo íntimo.
Foi assim para alguns alunos quando
apresentei um trecho do livro A
literatura e os possíveis da escrita literária de Nilson Oliveira e pedi
uma aproximação da teoria com um conto de Maria Lúcia Medeiros.
Isso para mim é beleza.
Eu tenho assistido a esse espetáculo
ao longo desses dias e, confesso a vocês que agora me leem, esse espetáculo me
traz a visão de um eu maior. É como se naquele momento presente, diante de um
aluno ou aluna que cresce visivelmente aos meus olhos, eu me lançasse para
dentro de uma alegria infinda. É como se nós, os envolvidos nesse processo, não
passássemos impunes e recebêssemos a força de um vulcão devastando as nossas
incompreensões e trazendo, em seguida, a calmaria do dever que parece ter sido
cumprido.
E isso é beleza para mim.
O ÔNUS DA SENSIBILIDADE.
Eu posso lhes dizer que também tenho
momentos de muita tristeza, quando um aluno agoniza e pede aparelhos tentando
respirar e se perde das linhas do aprendizado. Mas a respiração livre e espontânea
do outro aluno me devolve os ânimos e eu não me desespero.
UM APRENDIZADO.
Viver de literatura é sempre um
aprendizado. É como se as páginas sempre se permitissem serem reescritas por
novas turmas a cada semestre.
É como se eu vivesse em
experimentações de sonhos, longe, bem longe do real. Viver de literatura para
mim tem sido um delírio. Um delicioso momento de delírio.
p.s.
Essa é a minha experiência. Caso queiram conhecer a experiência de Letícia Sabatella e entender um pouco
mais o que lhes digo, assista o trecho do filme Eu maior.
Lindo aprendizado!!!!
ResponderExcluirObrigada por me ajudar a respirar literatura "sem aparelhos".
Um grande abraço
Alê
Obrigada digo eu e a literatura que passa pelo ar que você respira. Abraço Alê.
ResponderExcluirO que você sente pela literatura eu sinto pela água. Acredito também, que o universo comspirou para manter-me próximo de tudo que amo: alunos e água.
ResponderExcluirVocê consegue descrever com exatidão todo um sentimento de quem gosta do que faz.
Beijos Priscila Wanzeller
Ah, quando meu coração já se achava totalmente feliz, você aparece na minha tela fazendo jorrar, transbordar alegria em te ver aqui, pertinho dos meus olhos ao te ler. Eu sei, minha doce Pricila, a profissional que você é, sempre tão cheia de competência e dedicação. E a isso chamamos de amor. Obrigada por dividir seu amor de professora de hidro comigo, que sou sua aluna de águas tantas. Risos e abraços.
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