REGISTRO
DA CONVERSA DE MÃE E FILHO:
−Mãe, já
estou quase todo formado.
−Sim filho. E o que falta para a tua boa
formação na minha gestação?
−Tenho já o corpo todo bem definido: pés,
pernas, barriga, braços, mãos, dedos, cabeça, olhos, boca, nariz... Mas, orelha
eu ainda não tenho. E dela preciso para ouvir o que o leitor pensa de mim, se
gosta de mim, do que lhe digo ou se não gosta e por que não gosta? Sem orelha
como vou ouvir a voz do meu leitor me decifrando em sons que pedem para serem
executados?
−Filho,
talvez essa minha gestação dure o dobro de nove meses para o ciclo se
completar. Talvez vinte e sete meses, ou trinta e seis meses, quem sabe? Agora
sou eu que te digo da paciência e da calma necessária para o teu nascimento.
−Mãe,
fala com a DaniElle Fonseca, a artista visual, a tua Elle. Mãe, pede para Elle cuidar da minha orelha. Afinal, segredar ventos de
felicidade e paz na orelha dos meus irmãos fazendo o perfeito complemento para
eles, é uma especialidade dela. Eu também quero uma orelha cheia de ventos de felicidade e paz. Fala com
Elle mãe! Por favor, diz pra ela que isso é tudo o que eu preciso neste momento.
Só não me deixa ir ao mundo sem a audição dos silêncios que pedem para serem
preenchidos.
PAUSA NA
CONVERSA DE MÃE E FILHO...
...na
barriga de Giselle Ribeiro mora o mundo, guardado, enrolado, já quase pronto
para vim ao mundo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDessa barriga já sairam muitos outros filhos. Acredito que já acompanhei dois ou três gestações dessa grande mãe das palavras. Torço para que esse mais novo membro, dessa família, seja perfeito como seus irmãos. Não tenho dúvida de sua perfeição, pois sua mãe tem se dedicado incansavelmente para traze-lo ao mundo e nele, assim como seus irmãos poder mudar um pouco da realidade de quem conviver com você.
ResponderExcluirEstou aguardando esse novo parto.
Priscila Wanzeller
Amém. E beijo para você Priscila.
Excluir“segredar ventos de felicidade e paz na orelha dos meus irmãos fazendo o perfeito complemento para eles”
ResponderExcluirSua escrita é tão leve e tão séria... Você diz de uma forma leve e bela o quê e como quer.
Gostei muito!
Adriana Cunha
Ah, então Adriana, você gosta de doidos? Acho que sim, porque eu sou doida de carteirinha. Ser normal é muito chato! Risos. Se ainda assim você não se assustar comigo, siga avançando no outros textos. Tem mais doidices como essas nas postagens anteriores.
ExcluirBrincadeira. Eu só sou doida 99% do dia. O resto do dia eu me atrevo a ser normal.
Abraços e desculpe a brincadeira.
Rsrsrsrs
ResponderExcluirNão há o que desculpar. Se as descobertas continuarem assim, digo a você que quando eu crescer, quero ser doida como você.
Adriana Cunha