Família SAPLI ou Os Guardadores da Palavra Poética. |
Alguns
dias antes do carnaval me perguntou uma aluna:
− Professora, como a senhora conheceu as
teorias da Cléo Busatto?
Eu
respondi, não com essas palavras, mas agora é com elas que eu esclareço a sua
pergunta querida Rayane:
− Na passagem de professora de Língua e
Literatura francesa para professora de Teoria Literária na UFPA, caiu nos meus
braços um programa da disciplina Fundamentos da Teoria Literária e lá, bem
dentro daquele monte de conteúdos, uma luz acendeu mais brilhante. Eu estou
falando da Literatura Oral que o programa desta disciplina contempla. A Cléo
Busatto ainda não estava lá, naquele programa. O nome dela não estava escrito
tão nítido naquele programa, mas eu quis ler as outras linhas e foi lá que eu
li o nome dela. Depois fui procurar na internet, no youtube algumas propostas
para a Arte de Contar Histórias e a Cléo Busatto sempre se mostrava para mim
como um corpo, vestido de palavras contadas. E então, foi só dar mais um passo,
e outro passo, e outro e mais outro... Descobri a sua pesquisa fantástica e
conheci também a sua escrita poética: Pedro e Cuzeiro do Sul, Dorminhoco, O
Florista e a Gata, . O bom de tudo foi sabê-la pesquisadora e
praticante da Arte Poética. Assim, a porta de tantos saberes se abria sorrindo
para mim. Era a Arte de Contar Histórias sendo plantada dentro de mim. Foi com
a Cléo Busatto que eu aprendi a deixar a semente nos que se permitem essa
plantação.
Mais
tarde, fui lembrando da minha pesquisa no mestrado e a Literatura Oral foi
ganhando mais corpo, mais corpo e mais corpo. Quando vi, ela era uma senhora
feita de história que se quer falada e ouvida. Passei a acreditar na literatura
oral mudando o rumo de algumas vidas, foi quando dediquei meu pensar a um
projeto de extensão que ajudasse os alunos do curso de letras a entender tudo
isso. Foi assim que nasceu o Projeto de Extensão SAPLI: Sociedade dos Amigos da
Prática Literária e as Novas Perspectivas Para a Formação do Leitor. Assim
também, veio ao mundo o grupo Os Guardadores da Palavra Poética com a proposta
de espalhar literatura pelo ar.
Guardadores
da Palavra Poética, esse é o meu bloco que veste a fantasia das palavras de
alguns textos e sai atendendo aos chamados, contando histórias que o mundo
precisa ouvir.
Foi
assim Rayane que você nasceu para a literatura oral. Você, uma Guardadora da
Palavra Poética que faz a minha casa interior se encher de luz.
Muito obrigada pela resposta, querida professora!!! É um prazer enorme poder aprender a cada dia mais com vcs... Quando entrei no projeto SAPLI não pensei q seria assim como está sendo: uma experiência grandiosa para a minha vida!!! Espero que a Sra. saiba q sou muito agradecida por tudo!!! Amo-te!!! Agora vou ter a oportunidade de ver a Cléo de pertinho!!!! Nem acredito!!!
ResponderExcluirRayane, minha Guardadora da Palavra Poética, guarde as minhas palavras e sempre que a vida parecer dura com você, elas serão alimento. E que a chegada da Cléo Busatto em Belém alimente os teus pensamentos mais ricos. Abraço meu pra você.
ResponderExcluirque Belém que me espera, preparado assim com tanto carinho por essa encantadora Giselle?
ResponderExcluirEsse é só o nosso pagamento pela vida mais valiosa que você nos dá com suas teorias e suas histórias. Que o nosso Bom Deus te mantenha assim, iluminada para nos iluminar sempre e sempre. Amém.
ExcluirAssim seja...
ResponderExcluirHá um ser estranho lá atrás. Não sei se é um desses seres misticos ou espíritos do mundo natural ou somente um desses homens loucos. Mas há algo lá atrás a sorrir desavergonhadamente, de cabeça azul e parte do corpo listrado como se fosse uma zebra. Não reconheço este ser. É parecido com um homem, mas acho que é um louco. Sabe... Um desses loucos que falam com as estrelas e constroem castelos de palavras. Poeta... Sabe... Deve ser um poeta para ser tão diferente assim. Mas são todos diferentes! Então são todos poetas e a vida é um grande sarau regado ao fino vinho, a festa e a verso nunca dante navegados.
ResponderExcluirQuem é você que me lê e me diz essas coisas loucas que eu gosto tanto? Você esqueceu de assinar e me fazer ver o seu rosto. Mas ainda assim, deixo meu abraço bem poético para o anônimo da vez.
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