LITERATURA PARA ACORDAR O MUNDO exposição |
“Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.”
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.”
O silêncio, a cegueira, a monotonia, o
marasmo, o sono, o dormir e dormir para não fazer barulho. O silêncio, nos
blocos do curso de Letras, fez tanto barulho que despertou o Projeto de
Extensão SAPLI: Sociedade dos Amigos da Prática Literária e as Novas Perspectivas
para a Formação do Leitor Um Projeto da FALE, Coordenado pela Profᵃ Giselle
Ribeiro e que tem se comprometido, dia após dia, com o verbo Literaturar
(inexistente nos dicionários), mas compreendido pela Coordenadora do Projeto e
seus Voluntários, também chamados de Guardadores da Palavra Poética.
A
profᵃ Giselle Ribeiro, Coordenadora do Projeto SAPLI, ao abrir a sua caixa
secreta de memórias, traz para as salas de aula do Curso de Letras, uma
atividade perdida, já quase esquecida, o tempo do varal de poesias e juntou
outro símbolo nosso para essa prática, a rede. Poesias em roupas no varal,
poesias deitadas nas redes para nos manter acordados e ativos, embalados pela
memória de tudo o que somos em profundidade.
Em cada sala de aula dos blocos de Letras, há
um autor diferente pedindo para ser lido e para nos fazer acordar.
A exposição durará todo o mês de
março para entrar na vida dos estudantes, professores, zeladores e quem mais
quiser ver e acordar.
Assinado:Profa. Giselle
Ribeiro
Coordenadora do
Projeto SAPLI: Sociedade dos amigos da Prática Literária e as Novas
Perspectivas para Formação do Leitor e Os Guardadores da Palavra Poética.
Precisávamos acordar!!! Aqueles blocos do curso de letras estavam muito cinza, mas agora temos cor,luz,a beleza da poesia para nos despertar e nos fazer ver um mundo mais belo...
ResponderExcluirQue bom Rayane, querida que alguns já começaram o exercício do despertar para o mundo e que a literatura tem feito a sua parte. Abraços meus para você.
ExcluirMuito bom!
ResponderExcluirVocê tem toda razão quando fala sobre o silêncio nos blocos de Letras. Estudei na UFPA e lembro que antes de refrigerarem as salas, havia mais vida nos "corredores". Em cada sala havia duas portas de correr e como fazia calor - pois os ventiladores não eram suficientes, as portas ficavam todo tempo abertas. Isso não tirava a atenção, como alguém pode imaginar, mas possibilitava que enxergássemos os transeuntes, ouvíssemos os pássaros, víamos as árvores e o movimento das folhas provocado pelo vento. Isso era bom!
A ideia dos varais é bem significante. Só não vai deliciar poesia que não quiser, mesmo! Fazíamos isso, tanto na sala quanto nas colunas do corredor. Fora das salas os varais duravam menos, mas havia quem parasse para ler.
Estou certa de que haverá quem se anime à produção e queira expor os seus próprios poemas.
Adriana Cunha
Adriana, meu bem, você fez entrar pela minha casa toda um vento muito forte desses bons tempos. Obrigada por isso.
ExcluirGi, felizes são aqueles que tem a alegria de poder ver e ouvir o teu trabalho sempre temperado com poesia!
ResponderExcluirFeliz são os corredores da ufpa por que ainda tem alguém que se incomoda com o silêncio da falta de arte, da falta de poesia...
Nao permitam que a poesia se cale em vosso meio. Ela é a voz daqueles que nasceram do "amor da terra com o sol".
Um poeminha nascido no meio de uma aula de literatura no bloc A contemplando o rio guamá:
Olho o rio que me olha
e me convida
a sentar à sua margem
em minha companhia
ou na companhia de outrem
que me leve a estar comigo
que navegue em minha paisagem interior...
Olho o rio que me olha e me incita
o desejo de ser dois,
sendo dois ser um e ser mais!
(...)
Ah brando rio que me convida a viver!
Isabel
Faltou um trecho que não consegui lembrar. Esse poema me faz recordar uma pessoa especial que exalava poesia nessa universidade, nosso inesquecivel professor Rômulo. Foi no meio de uma de suas aulas que esse poema nasceu.
Findo dizendo: Parabéns, semeadores de beleza! Alunos do projeto SAPLI.
Isabel, minha linda, fico feliz com suas palavras, as poéticas e as outras que se aproximam dela. Teu poema é lindo e o Rômulo deixou uma saudade enorme entre nós e você me fez lembrar de um poema feito apara ele e que está registrado no meu livro 69:
ResponderExcluirA última vez
que vi Rômulo
ele estava em seu jardim
brincando de colher flores
com a senhora "En Noir".
E o poema segue na página59 do meu 69.
Obrigada por me ler outra vez e pela lembrança resgatada.