Siga a seta. A direção da origem. |
Você é feito de luz e sombra. |
Estabelecer contato com o avesso da pessoa: feche os olhos, apague a sua luz de fora, acenda a sua luz de dentro, se procure e se reconheça e só depois disso, acenda a luz de fora, volte pleno de você, acorde para a vida como um movimento de evolução concebido por você.
O leitor viu mais de perto “Isso não é um livro. Isso é um Caracol”. E provou a imagem da capa, contracapa, título, ouviu a orelha falar, com suavidade, os caminhos a serem conquistados, reconheceu CL e saiu cambaleando, embriagado de outras vozes, ouviu palavras com outras funções, ditas não na nossa vida cotidiana. E dali, ele saiu embriagado de palavras que saltam do livro para a sua boca.
E foi assim que Henrique Lobato, um dos inscritos no minicurso, roubou a voz da autora para falar do que viveu nesses dois dias:
UM VAGA-LUME E UM
CARACOL
E foi deitando-nos um por um.
Aquietando os corpos em seu ato
De serenata, de momento incomum.
Ela
veio em seu tear de palavras
Colocando
os versos em seus lugares.Subimos e descemos as escadarias
Nessa morada misteriosa do ser.
Moinho,
Moinho e o dia vem chegando.
E
assim ela foi fazendo de mim caracolInterior, Interior redemoinho girando.
Sem dar nó, foi fazendo de nós girassóis.
Ao
som desse hino a noite vem vindo.
E
assim ela fez de mim um vaga-lume.Negrume, negrume morada dos monstros.
Noite, Noite onde moram os nossos outros.
Laço
na palavra. Não era noite nem dia.
Não
era mais vaga-lume nem caracol.Era apenas eu que voltava à rotina, era vida.
Mas agora existia um vaga-lume e um caracol.
As duas tardes de mini-curso foram tudo que eu não esperava, e fiquei profundamente feliz de ter sido assim. Muito além das dicas teóricas de literatura que recebi de uma forma muito carinhosa e tranquila, tivemos a oportunidade de mergulhar sem saber nadar em várias obras literárias. Sentindo a cada ato, que como em um teatro surgiam e encerravam acima de nós, as minhas imanências se agitarem e ao mesmo tempo o pensamento crítico chamar meu nome. A materialização da gratidão que todos sentimos foi o poema "Um vaga-lume e um caracol".
ResponderExcluirHenrique, você chegou naquele dia ensolarado de cortinas abertas para que a lua entrasse e se ajustasse nos nossos espaços internos. E você veio e trouxe a sua lanterna, como quem sabe de onde vem e para onde vai. Depois, no segundo dia, você veio com a tempestade e lavamos nossas almas. Foi só isso que aconteceu naquele primeiro e segundo dia de um certo minicurso. Lá conhecemos a calma de mais uma felicidade bem instalada. Obrigada por esses dois dias. Obrigada por aceitar viver esses dois dias ao meu lado e ao seu lado. Grande abraço.
ResponderExcluir