Ah meu diário, essas tuas páginas
revelam as minhas mais fortes sensações de estar viva.
−E o que é estar viva? Pergunta essa página do meu diário.
Estar viva é enfrentar uma
tempestade e sair dela cantando como um Calopsita. O Calopsita parece ter vindo
da linhagem dos felizes.
Foi assim o meu dia de ontem.
Ontem tomamos um banho de chuva, todos nós, que estivemos na I Ciranda
Literária, juntos com Os Guardadores da Palavra Poética, esse é o nome dos que
me acompanham cantando como se também viessem da linhagem dos Calopsitas.
Acontece que ontem era o nosso
amanhã tão esperado. Pulamos a fogueira quente dos obstáculos e sem qualquer
patrocínio, avançamos para levar aos que estiveram lá, um punhado de palavras
poéticas guardadas.
Ontem foi o dia de dar ao mundo
um pedaço da resposta do projeto SAPLI: Sociedade dos Amigos da Prática
Literária. Projeto que sobrevive com a força de Felipe Araújo, Flávio Oliveira,
Geysa Neto, Elizier Araújo, Rodrigo Brito, Rayane Serrão, Tainah Ferreira,Tiago
Hulshof e eu.
Agora voltemos ao estado de
coisas descobertas no período de tempestade, se existe outra vida, todos esses
voluntários do Projeto SAPLI foram, na outra vida, Calopsitas. Eu acredito
nisso, porque eles me fazem ter a forte sensação de estar viva. Viva e
cantando, sempre cantando como um Calopsita.
Então eu devo agradecer aos
Guardadores da Palavra Poética, aos palestrantes convidados e a plateia. Para o
resto da minha vida, obrigada meus Guardadores da Palavra Poética e companhia
daquele dia. Amém.
Hoje acordei como um Calopsita cantando. Isso para mim é estar viva.