sexta-feira, 19 de outubro de 2012

QUANDO CRESCER, QUERO SER UM CALOPSITA

                             Em Citrial uma história que parece duas abre a I Ciranda Literária


Ah meu diário, essas tuas páginas revelam as minhas mais fortes sensações de estar viva.

−E o que é estar viva? Pergunta essa página do meu diário.

Estar viva é enfrentar uma tempestade e sair dela cantando como um Calopsita. O Calopsita parece ter vindo da linhagem dos felizes.

Foi assim o meu dia de ontem. Ontem tomamos um banho de chuva, todos nós, que estivemos na I Ciranda Literária, juntos com Os Guardadores da Palavra Poética, esse é o nome dos que me acompanham cantando como se também viessem da linhagem dos Calopsitas.

Acontece que ontem era o nosso amanhã tão esperado. Pulamos a fogueira quente dos obstáculos e sem qualquer patrocínio, avançamos para levar aos que estiveram lá, um punhado de palavras poéticas guardadas.
 
Ontem foi o dia de dar ao mundo um pedaço da resposta do projeto SAPLI: Sociedade dos Amigos da Prática Literária. Projeto que sobrevive com a força de Felipe Araújo, Flávio Oliveira, Geysa Neto, Elizier Araújo, Rodrigo Brito, Rayane Serrão, Tainah Ferreira,Tiago Hulshof e eu.
 

Agora voltemos ao estado de coisas descobertas no período de tempestade, se existe outra vida, todos esses voluntários do Projeto SAPLI foram, na outra vida, Calopsitas. Eu acredito nisso, porque eles me fazem ter a forte sensação de estar viva. Viva e cantando, sempre cantando como um Calopsita.

Então eu devo agradecer aos Guardadores da Palavra Poética, aos palestrantes convidados e a plateia. Para o resto da minha vida, obrigada meus Guardadores da Palavra Poética e companhia daquele dia. Amém.

Hoje acordei como um Calopsita cantando. Isso para mim é estar viva.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

MAIS UMA VEZ O (a)MAR

 
            Foram alguns minutos, mas foram suficientes para o estardalhaço, para o clarão se firmar. Chovia muito naquela tarde de outubro e tudo parecia convergir para a arrebentação. Com as mãos firmes no leme o Projeto SAPLI e os Guardadores da Palavra Poética se mantinham ali, firmes e acreditando que a tempestade seria mais um prenúncio de uma grande primavera a nascer bem no meio da região Norte. E assim foi feito.


           Chegamos ao cais e instalamos aquelas crianças tantas nos assentos da nossa embarcação, mas elas eram tantas que o espaço parecia ter diminuído e nem mesmo a falta de conforto abatia aquelas crianças tantas.

         E sentadas nas cadeiras e no chão e embaixo da mesa elas se sentiam mais seguras. Seguras pela mão da história que ali seria contada. E a tempestade foi abrandando e o som que então se ouvia já não era mais de água forte a correr pelos telhados da nossa embarcação. O som que então se ouvia, eram as vozes, os sopros vindos do coração dos Guardadores da Palavra Poética se instalando no coraçãozinho daquelas crianças tantas. Era o Projeto SAPLI acordando as crianças naquele dia tão chuvoso.

        Ditas as palavras finais:
        Nós pensamos e contamos essa história que parece duas, mas o sonho é um só.

toda a tempestade cessou e um novo som era tudo o que se ouvia. Uma das tantas crianças a gritar de alegria:

        Vamos bater palma!

       Era a hora do ato final, ou quem sabe recomeço de tudo.