quinta-feira, 11 de outubro de 2012

MAIS UMA VEZ O (a)MAR

 
            Foram alguns minutos, mas foram suficientes para o estardalhaço, para o clarão se firmar. Chovia muito naquela tarde de outubro e tudo parecia convergir para a arrebentação. Com as mãos firmes no leme o Projeto SAPLI e os Guardadores da Palavra Poética se mantinham ali, firmes e acreditando que a tempestade seria mais um prenúncio de uma grande primavera a nascer bem no meio da região Norte. E assim foi feito.


           Chegamos ao cais e instalamos aquelas crianças tantas nos assentos da nossa embarcação, mas elas eram tantas que o espaço parecia ter diminuído e nem mesmo a falta de conforto abatia aquelas crianças tantas.

         E sentadas nas cadeiras e no chão e embaixo da mesa elas se sentiam mais seguras. Seguras pela mão da história que ali seria contada. E a tempestade foi abrandando e o som que então se ouvia já não era mais de água forte a correr pelos telhados da nossa embarcação. O som que então se ouvia, eram as vozes, os sopros vindos do coração dos Guardadores da Palavra Poética se instalando no coraçãozinho daquelas crianças tantas. Era o Projeto SAPLI acordando as crianças naquele dia tão chuvoso.

        Ditas as palavras finais:
        Nós pensamos e contamos essa história que parece duas, mas o sonho é um só.

toda a tempestade cessou e um novo som era tudo o que se ouvia. Uma das tantas crianças a gritar de alegria:

        Vamos bater palma!

       Era a hora do ato final, ou quem sabe recomeço de tudo.

 

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