Perguntada pelo seu “outramento”
se sonhava no período solar e lunar, a escritora Giselle Ribeiro reage:
− A vida pede ação, coragem, luta...
e tudo isso deve vim com a força do sonho. Eu não costumo dormir para não
lutar. Eu sonho de olhos abertos sentindo as vibrações que o sonho me manda. E
os sonhos sempre se comunicam com o sonhador. Eu não tenho razão nenhuma para
brincar de não ouvi-lo. Mas as mensagens dos sonhos, nós aprendemos mais “facilmente”
a ler quando a vida não nos favorece tanto, quando passamos fome, quando a
comida é regrada. É nesse tempo que os sonhos se espalham, como plantas
rasteiras e onde pisamos, nossos pés tocam notas de uma vida futura mais bela e,
quem sabe possível.
Quando tudo vem facilmente, os
sonhos se escondem da gente. Eu estou na outra escala, eu estou na escala dos
que dividiram o pão e o peixe. Por isso, eu sonho em tempo integral, no período
solar e lunar.
Mas para que o sonho valha a pena não
devemos esquecer que a vida pede ação, coragem, luta!