sábado, 3 de novembro de 2012

EU MAIOR; UM FILME SOBRE AUTOCONHECIMENTO E BUSCA DA FELICIDADE.

 

           A EXPERIÊNCIA DA PROFESSORA:
 

          Talvez um dia eu saiba definir com mais precisão e não tamanha emoção, o que representa a literatura para mim.

          O que representa fazer literatura e o que representa trabalhar com literatura. Ela sendo o meu momento de prazer e de sobrevivência.

          É uma pena que uma parte grande da humanidade não possa fazer o que mais gosta, em tempo quase integral.

          Eu digo agora, para vocês, que fui premiada. As leis do universo tramaram para me manterem feliz na vida pessoal e profissional.
 

          O QUE EU CONSIDERO BELEZA?
 

          Deus sabe o quanto de alegria mora em mim quando um aluno ou aluna aprende a respirar sem aparelhos em uma avaliação. Respirar sem aparelhos aqui representa ter maturidade para tratar um assunto e com o devido respeito se dirigir a ele como amigo íntimo.

          Foi assim para alguns alunos quando apresentei um trecho do livro A literatura e os possíveis da escrita literária de Nilson Oliveira e pedi uma aproximação da teoria com um conto de Maria Lúcia Medeiros.

          Isso para mim é beleza.

          Eu tenho assistido a esse espetáculo ao longo desses dias e, confesso a vocês que agora me leem, esse espetáculo me traz a visão de um eu maior. É como se naquele momento presente, diante de um aluno ou aluna que cresce visivelmente aos meus olhos, eu me lançasse para dentro de uma alegria infinda. É como se nós, os envolvidos nesse processo, não passássemos impunes e recebêssemos a força de um vulcão devastando as nossas incompreensões e trazendo, em seguida, a calmaria do dever que parece ter sido cumprido.

         E isso é beleza para mim.
 

        O ÔNUS DA SENSIBILIDADE.
 

        Eu posso lhes dizer que também tenho momentos de muita tristeza, quando um aluno agoniza e pede aparelhos tentando respirar e se perde das linhas do aprendizado. Mas a respiração livre e espontânea do outro aluno me devolve os ânimos e eu não me desespero.
 

        UM APRENDIZADO.
 

        Viver de literatura é sempre um aprendizado. É como se as páginas sempre se permitissem serem reescritas por novas turmas a cada semestre.

         É como se eu vivesse em experimentações de sonhos, longe, bem longe do real. Viver de literatura para mim tem sido um delírio. Um delicioso momento de delírio.

 
p.s. Essa é a minha experiência. Caso queiram conhecer a experiência de Letícia Sabatella e entender um pouco mais o que lhes digo, assista o trecho do filme Eu maior.

  


4 comentários:

  1. Lindo aprendizado!!!!
    Obrigada por me ajudar a respirar literatura "sem aparelhos".
    Um grande abraço
    Alê

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  2. Obrigada digo eu e a literatura que passa pelo ar que você respira. Abraço Alê.

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  3. O que você sente pela literatura eu sinto pela água. Acredito também, que o universo comspirou para manter-me próximo de tudo que amo: alunos e água.
    Você consegue descrever com exatidão todo um sentimento de quem gosta do que faz.
    Beijos Priscila Wanzeller

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  4. Ah, quando meu coração já se achava totalmente feliz, você aparece na minha tela fazendo jorrar, transbordar alegria em te ver aqui, pertinho dos meus olhos ao te ler. Eu sei, minha doce Pricila, a profissional que você é, sempre tão cheia de competência e dedicação. E a isso chamamos de amor. Obrigada por dividir seu amor de professora de hidro comigo, que sou sua aluna de águas tantas. Risos e abraços.

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