sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

RECOLHENDO AS CINZAS DA QUARTA-FEIRA

Família SAPLI ou Os Guardadores da Palavra Poética.
Alguns dias antes do carnaval me perguntou uma aluna:
      − Professora, como a senhora conheceu as teorias da Cléo Busatto?
Eu respondi, não com essas palavras, mas agora é com elas que eu esclareço a sua pergunta querida Rayane:
      − Na passagem de professora de Língua e Literatura francesa para professora de Teoria Literária na UFPA, caiu nos meus braços um programa da disciplina Fundamentos da Teoria Literária e lá, bem dentro daquele monte de conteúdos, uma luz acendeu mais brilhante. Eu estou falando da Literatura Oral que o programa desta disciplina contempla. A Cléo Busatto ainda não estava lá, naquele programa. O nome dela não estava escrito tão nítido naquele programa, mas eu quis ler as outras linhas e foi lá que eu li o nome dela. Depois fui procurar na internet, no youtube algumas propostas para a Arte de Contar Histórias e a Cléo Busatto sempre se mostrava para mim como um corpo, vestido de palavras contadas. E então, foi só dar mais um passo, e outro passo, e outro e mais outro... Descobri a sua pesquisa fantástica e conheci também a sua escrita poética: Pedro e Cuzeiro do Sul, Dorminhoco, O Florista e a Gata, Paiquerê, o paraíso dos Kaingang. O bom de tudo foi sabê-la pesquisadora e praticante da Arte Poética. Assim, a porta de tantos saberes se abria sorrindo para mim. Era a Arte de Contar Histórias sendo plantada dentro de mim. Foi com a Cléo Busatto que eu aprendi a deixar a semente nos que se permitem essa plantação.
Mais tarde, fui lembrando da minha pesquisa no mestrado e a Literatura Oral foi ganhando mais corpo, mais corpo e mais corpo. Quando vi, ela era uma senhora feita de história que se quer falada e ouvida. Passei a acreditar na literatura oral mudando o rumo de algumas vidas, foi quando dediquei meu pensar a um projeto de extensão que ajudasse os alunos do curso de letras a entender tudo isso. Foi assim que nasceu o Projeto de Extensão SAPLI: Sociedade dos Amigos da Prática Literária e as Novas Perspectivas Para a Formação do Leitor. Assim também, veio ao mundo o grupo Os Guardadores da Palavra Poética com a proposta de espalhar literatura pelo ar.
 

Guardadores da Palavra Poética, esse é o meu bloco que veste a fantasia das palavras de alguns textos e sai atendendo aos chamados, contando histórias que o mundo precisa ouvir.

Foi assim Rayane que você nasceu para a literatura oral. Você, uma Guardadora da Palavra Poética que faz a minha casa interior se encher de luz.

 

7 comentários:

  1. Muito obrigada pela resposta, querida professora!!! É um prazer enorme poder aprender a cada dia mais com vcs... Quando entrei no projeto SAPLI não pensei q seria assim como está sendo: uma experiência grandiosa para a minha vida!!! Espero que a Sra. saiba q sou muito agradecida por tudo!!! Amo-te!!! Agora vou ter a oportunidade de ver a Cléo de pertinho!!!! Nem acredito!!!

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  2. Rayane, minha Guardadora da Palavra Poética, guarde as minhas palavras e sempre que a vida parecer dura com você, elas serão alimento. E que a chegada da Cléo Busatto em Belém alimente os teus pensamentos mais ricos. Abraço meu pra você.

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  3. que Belém que me espera, preparado assim com tanto carinho por essa encantadora Giselle?

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    1. Esse é só o nosso pagamento pela vida mais valiosa que você nos dá com suas teorias e suas histórias. Que o nosso Bom Deus te mantenha assim, iluminada para nos iluminar sempre e sempre. Amém.

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  4. Há um ser estranho lá atrás. Não sei se é um desses seres misticos ou espíritos do mundo natural ou somente um desses homens loucos. Mas há algo lá atrás a sorrir desavergonhadamente, de cabeça azul e parte do corpo listrado como se fosse uma zebra. Não reconheço este ser. É parecido com um homem, mas acho que é um louco. Sabe... Um desses loucos que falam com as estrelas e constroem castelos de palavras. Poeta... Sabe... Deve ser um poeta para ser tão diferente assim. Mas são todos diferentes! Então são todos poetas e a vida é um grande sarau regado ao fino vinho, a festa e a verso nunca dante navegados.

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    1. Quem é você que me lê e me diz essas coisas loucas que eu gosto tanto? Você esqueceu de assinar e me fazer ver o seu rosto. Mas ainda assim, deixo meu abraço bem poético para o anônimo da vez.

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