O homem, o touro atrás do livro... |
Sempre soube disso:
− Ele é bem difícil!
E para o nosso primeiro encontro me
protegi como pude. Usei até óculos escuros, pensando não ter a alma invadida.
Mas desde o primeiro encontro, ele se
entregou a mim como os filhos rompem as entranhas da mãe e caem no mundo.
Ele não sabia nada de mim. Eu bem
pouco dele sabia. E ele foi logo se entregando a mim com suas vírgulas e seus
pontos de não parágrafos, suas interrogações sedutoras e embriagantes.
O que todos me disseram de nada
serviu:
− Ele é bem difícil.
Fui comedido e medindo os passos
cheguei até o impossível para não saber voltar...
Por Dédalo e Ícaro as palavras dele
têm mais de 1300 compartimentos e nelas eu permaneço abrigado e desejoso de
nelas me manter como um hóspede, um convidado.
Então ele acha muito bom me manter
preso nas suas palavras e fazer de mim o seu homem, o seu touro.
Devo advertir:
− Fugirei de Teseu enquanto força
tiver, porque o beijo de Foucault me reconstrói como touro e me desperta como
homem.
Eu sou a astúcia e a força, o homem e
o touro. Sou minotauro e devo ficar preso nas vírgulas e pontos de não
parágrafos, nas interrogações sedutoras e embriagantes de Foucault, enquanto
não souber voltar, porque amo cada beijo dele dado em mim, sempre que percorro
o labirinto das suas palavras.
Se beijou Foucault uma vez, você sempre irá querer beija-lo. Concordo com todos que dizem:- "ELE É DIFÍCIL". por isso posso dizer que o que é mais difícil, é mais gostoso de conquistar. A cada beijo, ele te leva a reflexões que nenhum, ou quase nenhum outro beijo lhe permitiria chegar.
ResponderExcluirO labirinto de teus lábios me faz te querer ainda mais e mais Foucault.
Então você também beijou Foucault? Você que anonimamente reconstrói a minha fala e me encanta? Você que não deixou seu nome, mas os ventos de uma tempestade do Norte te anunciam: Priscila. Quem bom te saber beijando Foucault e amando os beijos dele. Obrigada por permitir que teus olhos pousem nessa folha virtual. E por isso, te entrego o meu abraço um pouquinho demorado...
Excluirpara você Giselle o meu muito obrigada por me aproximar das belas palavras de inúmeros autores que publicam neste blog.
ExcluirPriscila Wanzeller
Beijar Foucault é beijar um misto de experiências complexas; um misto de verdades contundentes e verdades necessárias, expressadas à luz de uma língua limpa.Da hipocrisia, a língua ganha o adjetivo "ferina"; todavia, da vida recebe os predicados honoríficos respeito e admiração ..."Ele é bem difícil", sim; entretanto, mais difícil é não querer beijá-lo novamente, após o primeiro contato...
ResponderExcluirProfa., agradeço pela oportunidade: falar de como é poderoso o beijo Foucault.
Quem ainda não o beijou, sugiro que o beije e você nunca mais será o mesmo...
Grato,
Rui Bahia Junior.
Rui, meu lindo, a série "O Beijo", proposta nas páginas desse meu blog vem chegando ao fim e de você, na foto com Foucault, eu tenho boas recordações de conversas inteligentes virtual e pessoalmente. Por isso esse registro da tua leitura, do teu beijo em Foucault e por isso também o meu agradecimento por me manter assim na tua vida. E sigamos de mãos dadas com Foucault falando d'O que é um autor? e reconhecendo que "As palavras e as coisas" tem o seu valor. Meu carinho para você que sempre me lê.
ExcluirQuem sabe um dia eu chego lá e consigo um beijo de Foucault também! O último parágrafo me encantou mais, realmente quando se ama um autor a gente deseja se perder nele e nunca mais ser encontrada! Belíssimo texto profa! Beijos!
ResponderExcluirEsse, minha cara Carolina, é de fato um autor labiríntico. Há nele encantos onde devemos nos perder. Quem sabe um dia você...? Quem sabe um dia você...? Obrigada pela visita, minha linda.
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