quinta-feira, 18 de agosto de 2011

COM QUE ROUPA EU VOU?



Nos últimos dias criei, em mim, o hábito de cantar mais.
Andei pedindo para a Senhora Felicidade se nutrir de mim, me abraçar com força e sem qualquer desejo de me desprender.
Ela fez cara de impossível, mas ainda assim, parece ter deixado a torneira da alegria ligada em mim.
Não sei o que será do dia de amanhã, mas hoje a torneira ainda jorra alegria, por isso hoje minha voz tem a letra de Noel Rosa:

Pois esta vida não está sopa
E eu pergunto: com que roupa?
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou?

E o grande barato é saber que essa canção tem voz de poesia que pede para ser vestida pelo leitor...
Vão dizer que eu enlouqueci mais uma vez?
Eu não ligo.
Prefiro entender que poesia foi feita para isso mesmo!
Poesia foi feita para grudar na pele. Para te seguir. Para ser tua roupa. É mais ou menos assim, um belo dia você abre um livro e se depara com um texto que tinha marcado encontro com você... Sem que você soubesse. É claro.
O texto se mantém ali, bem dentro do livro, como se ele estivesse em um guarda-roupa. Não, melhor dizer guarda-texto. E no dia do encontro marcado ele entrará em você, nas suas medidas e irá com você pro convite do samba.

Eu acredito nisso. Se você não acredita, espere até o dia do encontro marcado.

Por falar em encontro marcado, estarei na XV Feira Pan-Amazônica do Livro, no dia 09 de setembro de 2011, às 17 horas, no Espaço do Escritor Paraense para tomar um Café das Letras com outros leitores e falar dessas loucuras que nos fazem tão bem.

Ainda vou escolher a roupa que devo vestir nesse dia...

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