sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

FALANDO DE ENCANTAÇÃO

Minha família de prática poética e eu literaturando para ela:




“Eu te conheço até o osso por intermédio de uma encantação que vem de mim para ti”

Eu hoje começo essa conversa, caro leitor, com uma fala da mãe das palavras sábias, Clarice Lispector. E isso tudo só para falar de uma coisa tão na moda nos dias de hoje: adesivos de família colados na lataria dos automóveis. E eu que sou um tanto “crazy”, que tenho carro, mas não dirijo, que conheço a moda, mas não me prendo nela, não do jeito que todos fazem. Eu prefiro andar na direção inversa, enquanto todos colam sua família biológica nos seus carros do ano, eu, crazymente, decido colar na minha pele a minha família de prática poética.
Ela é composta de pessoas do bem, escolhidas pelo meu coração e pelo meu detector de pessoas dispostas a se abrirem para o entendimento do mundo, da vida e de tudo o que a literatura pode nos oferecer.
Minha família de prática poética é composta de pessoas escolhidas pelo que são:

Adriana Cruz, minha contadora de histórias, que deve ter guardada em seu coração mil e uma histórias para manter acordado o mundo inteiro, se o mundo inteiro quisesse ouvir;

Alana Lima, que tem ar de brabeza e delicadeza tudo ao mesmo tempo, para não nos deixar desgostar dela;

Belly Honório, que tem velocidade na voz para alcançar todos os seus sonhos. E que assim seja;

Maria do Carmo Casseb que tem os olhos sempre brilhantes quando falamos de poesia e,

Inezita Tenório, porque dentro dela tem trovoadas querendo ser chuva fina.

Você vai ver, caro leitor, que elas foram desenhadas para serem coladas não na lataria do meu automóvel, mas na minha pele, porque entre nós existe uma encantação que vem de mim para elas e delas para mim.

P.S. No adesivo a Adriana Cruz não aparece, porque não estava presente no momento da desenhação, mas se quiserem vê-la, é só olhar para a minha pele.

A ilustração que acompanha este texto foi feita por Maria do Carmo Casseb, no segundo dia do I Encontro de Contadores de Histórias da Amazônia.

6 comentários:

  1. Gostei do texto,gostei muito.
    Mas, gostaria mesmo de um dia poder fazer parte desta família poetica.RSRSRSRS
    Beijos, te Amo muito minha prima.

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  2. Raylinda, prima minha tão querida, você é parte da minha família biológica e agora quer também ser parte dessa minha família de prática poética? Mas um outro critério para ser parte desta minha família é se estudante de Letras da UFPA, pois essas meninas fazem parte do meu Projeto de Extensão. Mas não fique triste, afinal você faz a festa dentro do meu coração.

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  3. Lindo, lindo, lindo...
    eu poderia dizer lindo uma vez só, mas sempre ouvi dizer que a quantidade de vezes que se repete, é a mesma quantidade com que tocou seu coração...
    Obrigada pela honra, pelo espaço,e até pelo "brabeza e delicadeza" hahahaha,normalmente não sou tão braba professora, mas os tempos atuais um pouquinho pesados pros meus ombros tem deixado marcas no meu rosto...
    mas tudo bem, isso passa
    Novamente, um sorriso se abre!
    Obrigada mesmo!

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  4. Como vc mesmo disse professora, meus olhos brilham quando ouço poesia...poxa, nunca ninguem tinha feito uma descriçao assim sobre mim...tão linda e tão poética. Mas, vc sabe que da mesma forma que precisamos de alimento para o corpo, precisamos de alimento para o espírito. E a poesia para mim é isso: Alimento para o espírito.
    Obrigada por me proporcionar tal banquete!

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  5. Essa minha fala é para Alana e Anônimo, que se fez nome forte Maria do Carmo Casseb, e pra vocês, minhas queridas discípulas, assim disse Maria do Carmo, outro dia, eu lhes digo que há espaços dentro de nós resevado para as grandes e nobres ações e as minhas ações poéticas com vocês, as nossas ações poéticas são tão nobres que os olhos brilham e o peso dos problemas nos ombros se torna levinho, levinho. Com meu abraço um pouquinho demorado pra vocês duas.

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  6. Olá Giselle, você acredita na possibilidade de poetas gerarem outros? Eu sim, acho que você mesmo sem saber, me gerou. Se hoje faço poemas, foi porque você me ensinou os primeiros passos. Você me ensinou a dar vida as palavras. Me ensinou a domar palavras-feras e deixá-las do jeito que não deveriam ser. Acho que sou poeta desgarrada, como aqueles filhos rebeldes que apesar da distância e da busca pela independência, continuam a ver em seus pais um exemplo, há algo que ainda os liga. Devo minha vida literária a você!Muito obrigado por me fazer existir!
    Perdoe-me por qualquer coisa e por não revelar a minha identidade.

    p.s. Poetas são ainda mais belos quando tornam pessoas comuns em encantadores de palavras.

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