sexta-feira, 23 de março de 2012

QUANDO O REI CORTOU AS TRANÇAS DE RAPUNZEL, SEPAROU A LUA E O SOL NO CÉU


Fotografia do Sol que ninguém sabe se é Lua. Ou da Lua que ninguém sabe se é o Sol.

P.S. Conto tecido durante o I Encontro de Contadores de História da Amazônia, na Oficina "Performance Poética: O Corpo Contando História"; ministrada por Adrine Motley e Dia Favacho.

Essa história é verdadeira. Ela tem personagens que saltaram de dentro do evento, quando Dia Favacho e Giselle Ribeiro se viram com a mesma blusa. E não houve desconforto, mas reconhecimento de que trazem na pele o mesmo sonho. Por isso, essa história diz assim:

Em um tempo não muito distante
viviam duas irmãs
muito unidas, muito unidas.
Gostavam quase sempre
das mesmas coisas:
ouvir e contar histórias
e de outras boas diabruras.

Um dia um rei malvado
quis torná-las desunidas
e lançou um feitiço terrível
de nunca mais poderem se encontrar.

Adeus Branca de Neve,
Gato de Botas,
Cadeira de Balanço
e Roda de Ouvintes.
Adeus amigo Grimm e Perrault.

Porque hoje, sem mais alegria,
em tempos distintos,
elas vivem com seus novos nomes
dizendo ao mundo:
- Eu sou a Noite.
- Ela é a Dia.

6 comentários:

  1. Gostei bastante dessa história! Excelente!

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  2. Que bom ter você me lendo e gostando do que lê. Obrigada pela visita e conversa. Te deixo o meu forte abraço poético.

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  3. Nossa, que linda história...
    Nunca resisto as histórias de fadas!
    (Amanda Vasconcelos)

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  4. Amanda querida, fico feliz que esse conto tenha marcado encontro com você e veio até você vestido de espelho. Por isso esse gosto, esse encanto...
    Te deixo o meu abraço um pouquinho demorado.

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  5. Como sempre vc nos encantando com suas histórias.
    Hoje por exemplo,ta me fazendo muito bem ler palabras belas.Obrigada por beijar o meu Coração.
    Te amo minha prima.Muitoooooooo.
    Beijos
    Raylinda

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    1. Ah, minha prima RayLINDA, você me fez lembrar que faço parte de uma família de poetas. Meu avô, pai da minha mãe e do teu pai, era poeta, por isso essa possibilidade de dizer as coisas de forma nova. Por exemplo, poder beijar o teu coração. Amei essa possibilidade. E assim, beijo mais uma vez o teu coração.

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