segunda-feira, 6 de agosto de 2012

PARA TANTA LUZ, A SOMBRA



Há esperanças de que o sol não me alcance. Costumo caminhar procurando árvores e telhados que se estendam um pouco mais pelas ruas e me favoreçam com sua sombra. Nem mesmo em dias de verão, me contagio com o clima de euforia solar que todos se submetem. Acho que não sou todos, por isso procuro a sombra.
Um rapaz  que esperava a hora de ir à praia, me viu em casa numa manhã ensolarada do mês de julho diante do computador e disse:

- Trabalhando, trabalhando, sempre trabalhando.
Eu não medi palavras. Respondi:

- Meu prazer tem outro nome. Você prefere o sol. Eu a sombra.
Tempo ruim pra mim, é tempo de muito sol e quando não encontro uma árvore ou um telhado estendido um pouco mais até a rua, salto da minha bolsa uma sobrinha que se abre para me proteger e avanço pelas ruas no caminho de casa.  

Nasci para a sombra como a luva para a mão.


13 comentários:

  1. Até que enfim encontro alguém para compartilhar a minha esquisitice de curtir praia à noite, com chuva ou tempo fechado...Não é à-toa, amiga Gisele, que ando sempre de chapéu. E de abas largas...

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  2. Que tal trocarmos de Estado? Aqui como sempre muito frio.Saudades deste sol que queima sem machucar.Beijos e obrigada por tudo que me proporcionou.Te amo muito.

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  3. Ah, meu Doador de Coração, é verdade que somos parecidos. Para dias nublados: praia. Para noites de calor: praia... Nascemos para a sombra como a luva para a mão. Obrigada pelo entendimento do que somos. Por isso meu abraço bem poético segue para você, caro Juraci.

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  4. Minha RayLinda, os dias aqui esquentaram tanto depois da tua volta para São Paulo. Acho que o sol esquentou a cabeça com a tua partida. Ele deve ter enfurecido em ter que te devolver e a casa parecia enorme... Beijo e saudade.

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  5. Ai que leitura gostosa! Me fez lembrar de minha viajem a Bragança-Pa. Semana passada eu estava na Praia de Ajuruteua. Passei exatamente 14 dias por lá. No dia que cheguei, lá pelas 1 h da manhã, fui convidado por um amigo a passear pela praia. Quando chegamos, ela estava seca e livre para nosso pés. foi ótimo correr na praia a noite e gritar um pouco, como se quiséssemos que a noite, as ondas e as estrela soubessem que estávamos ali. Dias depois, pelas noites, beijei um bragantino, fiz fogueiras e deixei o mar visitar meus pés.

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    1. Rodrigo, meu querido Sapliano, prazer te ver nessas minhas páginas e prazer te saber também visitando as praias em tempo de sombra. Beijo pra você, meu lindo.

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    1. Adorei ler sobre o assunto, nossa!! cá estava eu reclamando do tempo, quando leio sobre o que tinha acabado de pensar. Há alguns dias cheguei de uma cidade bem fria, confesso que ao pisar em minha terra me senti sitiada pelo calor, não que eu prefira o frio ao calor, mas concordo que as vezes uma sombra é bem vinda!

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    2. Mas afinal quem é você? Amanda? Alessandra? Ou Valéria? Vou apostar todas as minhas moedas na Amanda, porque sei que ela chegou recentemente do Sul do Brasil e trouxe na bagagem um clima oposto ao nosso. Obrigada pela leitura Amanda, minha flor. Favor avisar se eu errei na aposta e se fiquei pobre de moedas. Risos.

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  7. Você acertou sim. Dividimos um site, mas as duas bonitas quase não entram, então quase sempre sou eu, Amanda, que estou por ai!!!

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  8. Que bom que acertei. Que bom que não perdi minhas moedas todas. E mais, que bom te ter por perto, me lendo...Obrigada querida, pela fidelidade.

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  9. Giselle, realmente ÁGUA combina melhor com sombra do que com sol.bjs

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    1. Lúcia, que bom que você apareceu para me compreender. Abraços querida.

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