terça-feira, 4 de dezembro de 2012

FUI TER UM CASO COM A PALAVRA. VOLTO ASSIM QUE PUDER.

Giselle Ribeiro & Cléo Busatto
− Já dá?
− Não. Ainda não dá.
− E agora, dá?
− Agora também não.
− Mas quando você acha que dá para voltar?
− Não sei. Não sei. Deixa eu te contar:

          No começo foi assim, eu fui flertando muito discretamente com ela.
Ela me parecia cheia de curvas e formas em abundância de certeza, às vezes, ela também gostava de manter as certezas todas suspensas.

          Uma verdadeira dama!

Cléo Busatto me ensinado a escutar o silêncio da chuva do Norte.
          Quando eu queria afago, ela depositava em mim um jarro cheio de afago.
          Quando eu precisava de sustentação, ela me colocava no chão.
          Por isso eu quis sair do flerte para Namorar a Palavra. E nosso Caso passou a ser Sério.

          Depois disso, me mandei para Curitiba e a Cléo Busatto, que é mãe da palavra dita e escrita me entregou as chaves e oficializou a relação.

          E de repente – tudo passou. A fome passou. O frio passou. O cansaço também passou. Só meu coração batia compassadamente anunciando o meu Caso com a Palavra.

         Desculpe dizer, sei que vim ter um Caso com a Palavra, por isso namorei e casei com ela.

          E não consigo, não quero, não posso mais voltar.
 
P.S. Texto tecido depois dos dias 26 e 27 de novembro do ano de 2012, período em que fui para Curitiba fazer o Curso de Caso com a Palavra, curso mediado pela Escritora e Contadora de Histórias Cléo Busatto, por quem tenho imensurável orgulho de ser leitora.
          Obrigada Cléo Busatto pelas horas de encantamento.


2 comentários:

  1. Que lindo! Foi o que eu também disse quando vi o meu estado de alma depois do Curso. Você engordou as nossas almas de amor pelo o que faz. Você é Literatura Viva e andante. Agradeço a Deus pela sua estadia na terra no meu tempo de também estar. Abraços poéticos pra você.

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