sexta-feira, 8 de março de 2013

PARA NÃO MAIS DORMIR

LITERATURA PARA ACORDAR O MUNDO
exposição

“Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.”
 
          O silêncio, a cegueira, a monotonia, o marasmo, o sono, o dormir e dormir para não fazer barulho. O silêncio, nos blocos do curso de Letras, fez tanto barulho que despertou o Projeto de Extensão SAPLI: Sociedade dos Amigos da Prática Literária e as Novas Perspectivas para a Formação do Leitor Um Projeto da FALE, Coordenado pela Profᵃ Giselle Ribeiro e que tem se comprometido, dia após dia, com o verbo Literaturar (inexistente nos dicionários), mas compreendido pela Coordenadora do Projeto e seus Voluntários, também chamados de Guardadores da Palavra Poética.
          A profᵃ Giselle Ribeiro, Coordenadora do Projeto SAPLI, ao abrir a sua caixa secreta de memórias, traz para as salas de aula do Curso de Letras, uma atividade perdida, já quase esquecida, o tempo do varal de poesias e juntou outro símbolo nosso para essa prática, a rede. Poesias em roupas no varal, poesias deitadas nas redes para nos manter acordados e ativos, embalados pela memória de tudo o que somos em profundidade.
          Em cada sala de aula dos blocos de Letras, há um autor diferente pedindo para ser lido e para nos fazer acordar.
          A exposição durará todo o mês de março para entrar na vida dos estudantes, professores, zeladores e quem mais quiser ver e acordar.
 
Assinado:Profa. Giselle Ribeiro
Coordenadora do Projeto SAPLI: Sociedade dos amigos da Prática Literária e as Novas Perspectivas para Formação do Leitor e Os Guardadores da Palavra Poética.

6 comentários:

  1. Precisávamos acordar!!! Aqueles blocos do curso de letras estavam muito cinza, mas agora temos cor,luz,a beleza da poesia para nos despertar e nos fazer ver um mundo mais belo...

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    1. Que bom Rayane, querida que alguns já começaram o exercício do despertar para o mundo e que a literatura tem feito a sua parte. Abraços meus para você.

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  2. Muito bom!

    Você tem toda razão quando fala sobre o silêncio nos blocos de Letras. Estudei na UFPA e lembro que antes de refrigerarem as salas, havia mais vida nos "corredores". Em cada sala havia duas portas de correr e como fazia calor - pois os ventiladores não eram suficientes, as portas ficavam todo tempo abertas. Isso não tirava a atenção, como alguém pode imaginar, mas possibilitava que enxergássemos os transeuntes, ouvíssemos os pássaros, víamos as árvores e o movimento das folhas provocado pelo vento. Isso era bom!

    A ideia dos varais é bem significante. Só não vai deliciar poesia que não quiser, mesmo! Fazíamos isso, tanto na sala quanto nas colunas do corredor. Fora das salas os varais duravam menos, mas havia quem parasse para ler.

    Estou certa de que haverá quem se anime à produção e queira expor os seus próprios poemas.

    Adriana Cunha

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    1. Adriana, meu bem, você fez entrar pela minha casa toda um vento muito forte desses bons tempos. Obrigada por isso.

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  3. Gi, felizes são aqueles que tem a alegria de poder ver e ouvir o teu trabalho sempre temperado com poesia!
    Feliz são os corredores da ufpa por que ainda tem alguém que se incomoda com o silêncio da falta de arte, da falta de poesia...
    Nao permitam que a poesia se cale em vosso meio. Ela é a voz daqueles que nasceram do "amor da terra com o sol".

    Um poeminha nascido no meio de uma aula de literatura no bloc A contemplando o rio guamá:

    Olho o rio que me olha
    e me convida
    a sentar à sua margem
    em minha companhia
    ou na companhia de outrem
    que me leve a estar comigo
    que navegue em minha paisagem interior...
    Olho o rio que me olha e me incita
    o desejo de ser dois,
    sendo dois ser um e ser mais!
    (...)

    Ah brando rio que me convida a viver!

    Isabel

    Faltou um trecho que não consegui lembrar. Esse poema me faz recordar uma pessoa especial que exalava poesia nessa universidade, nosso inesquecivel professor Rômulo. Foi no meio de uma de suas aulas que esse poema nasceu.

    Findo dizendo: Parabéns, semeadores de beleza! Alunos do projeto SAPLI.


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  4. Isabel, minha linda, fico feliz com suas palavras, as poéticas e as outras que se aproximam dela. Teu poema é lindo e o Rômulo deixou uma saudade enorme entre nós e você me fez lembrar de um poema feito apara ele e que está registrado no meu livro 69:

    A última vez
    que vi Rômulo
    ele estava em seu jardim
    brincando de colher flores
    com a senhora "En Noir".

    E o poema segue na página59 do meu 69.

    Obrigada por me ler outra vez e pela lembrança resgatada.

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